
Ó rio de monte a monte,
vais ao mar que não conheces!
olha a areia ali defronte,
a pedir que não te apresses!
Destino dos desafios
ilusos, passada a rede,
ó mar que bebes dos rios,
onde acaba a tua sede?
Rios e mar, todos juntos,
chora o meu canto em bemóis.
São sempre sonhos defuntos
as pescas dos meus anzóis.
Cá vou no barco das horas,
a bandeira a meia adriça.
Tudo me serve a demoras,
que eu viajo por preguiça.
Dobro-me em medidos pobres
e à flor das águas me escuta
o deus-dos-pecados-pobres.
(A morte quer-me sem luta)
In "Linha de Terra", Lisboa, 1951
M. João,
Sempre a surpreender-me ou se calhar não...
Bom Domingo! Abraços! António
Eu penso que, se calhar não... eheheh
Mas as coisas são capazes de abrandar por uns tempos, meu amigo. Não ando muito bem e vão surgir problemas que me vão ultrapassar. Como não quero antecipar o inevitável, nem vou falar mais disso.
Um grande abraço e muito obrigada.
De
Fisga a 23 de Novembro de 2008 às 16:59
Olha Amiga João. Cada poema é só mais uma surpresa , que já deixou de o ser. adorei e adicionei. Um grande abraço Eduardo.
Obrigada, Eduardo. Estou a publicar alguns poemas dos últimos livros publicados por ele. Depois voltarei aos livros iniciais, embora não tenha o primeiro.
Abraço.
De
Fisga a 25 de Novembro de 2008 às 18:20
Fico esperando, amiga. Um abraço Eduardo.
Ai, e eu hoje, logo hoje, não publiquei nada dele! Ainda vou tentar!
Abraço.
De
Fisga a 26 de Novembro de 2008 às 16:46
Não te apoquentes amiga, ele não se zanga contigo, porque sabe quem tu és. Um abraço Eduardo .
Sabes como ele me chamava, Eduardo? Chininho! Eu sempre fui o seu Chininho porque, dizia ele, lhe fazia lembrar um porquinho-da-Índia... eheheh
também ele gostava muito de animais e era membro da Sociedade Protectora dos Ani,mais. Ainda por cá tenho, algures, o seu diploma de membro da SPA ... e da outra SPA também... caramba! Nunca tinha reparado nesta coisa das siglas serem idênticas!
Abraço grande.
De
Fisga a 27 de Novembro de 2008 às 21:09
Olá amiga João. Não gostei dessa, só lhe perdoo, porque ele fazia isso por carinho. Mas chininho? Nem ao menos chininha Trocar o nome e a espécie, ainda vá com Deus mas o sexo ou o género como se diz em Português técnico, essa não. Um abraço E boa noite. Eduardo.
Chininho... é como ele chamava aos porquinhos da Índia... não importava o sexo. Eram "chininhos" e pronto!
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