ACERCA DE ANTÓNIO DE SOUSA (conclusão)
Maria João Brito de Sousa
15.06.09
António de Sousa, um poeta que para oser não precisa de escolhidos adjectivos, aqueles adjectivos que tanto procuram os que pouco valem, vai com certeza seguir a sua nunca terminada viagem peloas oceanos imensos da sua imaginativa e pelos portos, próximos ou afastados, da sua constante inquietação. Segue na jornada que iniciou há mais de trinta anos, depois de ter deixado no ancoradouro dos olhos dos seus leitores, mais este volume onde se guarda um estado da sua alma intranquila. Que regresse breve são os nossos desejos, com nova e escolhida carga, com outra bagagem repleta de pedacinhos da sua arte de bom navegador que busca, em terras de estranha fantasia, o meio de conduzir na sua caravela o que lhe ensina a sua emotividade e nela transmitindo, a quem a entrega de forma dominadora, a sua ânsia imensa de alcançar beleza.
Edição cuidada da Inquérito
Imagem - Miguel Torga, António de Sousa, José Régio, afonso Duarte e Vitorino Nemésio.